ed. 24 - matéria especial


Aldo Colasurdo

Os atemorizantes finais do mundo

Desde os primórdios, o homem se assustava ante os grandes fenômenos naturais, temendo suas terríveis consequências. Os relatos bíblicos já mostravam Noé sendo avisado de uma grande tempestade; temeroso, construiu um grande barco no qual se acomodou e abrigou casais de animais de várias espécies. Acreditava assim, superar a grande calamidade: o fim do mundo. Fatos como esse ganham novas roupagens e continuam a assustar a humanidade enganando-a através dos séculos.
Recentemente, noticiou-se na Terra a eminência de uma tragédia global baseada na interpretação do calendário da nação Asteca, cuja capital Tenochtitlan era no século 15, uma grande cidade do mundo na América Central.
Sua população desenvolvida explorava e escravizava os habitantes de países vizinhos mais atrasados. Possuindo a escrita, seus moradores elaboraram um calendário, que inexplicavelmente terminava em 21 de dezembro de 2012.
Descoberta pelos europeus, o grande Império Asteca foi invadido e dominado por espanhóis, liderados por Cortez, a partir de 1521. Durante vários séculos, seus habitantes foram escravizados e seus livros sagrados lançados ao fogo, impossibilitando a humanidade um maior conhecimento cultural desta nação. Todas suas riquezas foram levadas para a Espanha. Estes fatos representaram para a população da América Central, uma prolongada espécie de “fim do mundo.” Somente em 1821 houve a primeira grande revolta contra o opressor europeu que promoveria a independência do México.
A seguir, os demais países centro-americanos, também foram expulsando o invasor originário da Europa tornando-se também independentes e ampliando o conhecimento mundial a respeito dos moradores das novas nações livres do continente americano.
O término de nosso planeta tem sido objeto de várias interpretações, cheias de fantasias, as quais clamam por melhor entendimento. Já em pleno século 19, no livro A Gênese de Allan Kardec, nos esclarecia que a Terra terá um fim: porém como está longe da perfeição que pode atingir, e da velhice, que seria sinal de declínio, seus habitantes devem estar seguros que tal fim não se dará tão cedo.
Sempre surgem momentos difíceis, causados por fenômenos meteorológicos e naturais mal interpretados ou mesmo desavenças entre nações. Cabe os governantes juntarem seus esforços para manter o mundo progredindo em paz e gerando prosperidade entre todos. Situações imprevistas devem ser analisadas recebendo as devidas correções. Relatos baseados no discutível “fim do mundo” também continuaram a surgir e devem ser considerados úteis criadores de assuntos a serem debatidos em reuniões sociais.

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