Ed. 03 – 60 anos de história, capítulo II

por Lúcia Maria Silva Andrade

Geni
Um exemplo de dedicação e amor ao próximo


Meus queridos companheiros de doutrina, nesse segundo capítulo da história da formação do IEE, vamos conhecer um pouquinho mais sobre uma colaboradora assídua.

Geny Gonçalves de Oliveira frequenta o IEE há mais de 40 anos. Sempre foi conselheira e em algumas gestões assumiu o papel de secretária de diretoria. Durante todos esses anos, presenciou inúmeros problemas e dificuldades financeiras, mas conta que em nenhum momento existiram palavras de desânimo de qualquer diretoria. A esperança sempre esteve presente, confiando num futuro mais ameno para a casa.
Dona Geny, como é conhecida por todos, continua participando das atividades do instituto, especialmente na área doutrinária, junto ao atendimento fraterno/espiritual, com a colaboração de uma equipe competente, previamente preparada pelos cursos da casa, e desempenhando suas atividades com muito amor.


O começo

Foi ao lado de seu marido, Antonio, que Dona Geny começou a frequentar o Centro Espírita do Itaim (CEI), colaborando no preparo das cestas básicas para as famílias assistidas. Posteriormente, deu aulas de evangelização infantil para os filhos dessas famílias que vinham retirar os alimentos cestas básicas.
Ela – assim como a equipe formada por mim, Zoraide, Fernande, Uiara, Márcia e outras – também colaborava nas aulas que aconteciam aos sábados pela manhã, para os filhos dos sócios e frequentadores do IEE. Minhas filhas, Lívia e Mariane, também participaram.
Fazíamos passeios ao zoológico, ao Parque Ibirapuera e ao orquidário do Estado. Quanta saudade dessa época! Levávamos lanches, sucos e era uma alegria só. Lembra-se disso, Dona Geny? Recordo-me também de que nossos carros iam sempre lotados com filhos, amiguinhos e primos, que assistiam as aulas de evangelização.


A construção do IEE

Dona Geny se lembra que um senhor, João Francisco, havia doado o terreno onde aconteciam as reuniões doutrinárias e da filantropia do CEI. A intenção dele era que ali se construísse um educandário.
Naquela época, o IEE enfrentava sérias dificuldades para a manutenção do prédio, onde funcionava em condições precárias a Escola Hilário Ribeiro. Surgiu, então, num movimento espírita, a ideia de uma fusão entre as duas casas (CEI e IEE), para a construção de um prédio que acomodasse as atividades de ambas instituições.
Essa fusão aconteceu em 1973, momento histórico e de grande euforia para as duas partes. Dona Geny ainda lembra da colocação da pedra fundamental da obra e também das inumeráveis reuniões de cunho financeiro, que visavam iniciar a construção do prédio.
Uma das primeiras ações foi sair em busca de doadores para o empreendimento. Ignácio Giovine e outros companheiros realizaram grande esforço nesse sentido.


A evangelização infantil

Foi um sonho sempre acalentado pelos fundadores do IEE ter uma escola à luz da doutrina dos espíritos, tanto que aulas de evangelização infantil foram logo incluídas na grade escolar, com anuência da maioria dos pais.
Um esquema de aulas foi elaborado pela diretora da escola e outros companheiros, experientes em evangelização infanto-juvenil. Foi muito gratificante e conseguiu-se um bom aproveitamento entre os alunos.
No entanto, a situação do IEE foi se agravando com a saída de alunos. A diretoria da casa, então, sem alternativa, optou por encerrar suas atividades. Solicitou-se à Secretaria de Educação um prazo de dois anos para tentar reabri-la, mas, infelizmente, isso também não foi possível.
Nesses 60 anos, muitos eventos aconteceram no IEE e fora dele, como almoços e bazares, que tinham como finalidade arrecadar fundos para a construção do prédio. Dona Geny participou e ainda participa ativamente deles.


“Não nos dispersemos”

Acredito que atualmente há muito empenho por parte dos colaboradores do atendimento fraterno e frequentadores dos cursos da casa, que têm plena consciência de suas responsabilidades.
Entretanto, é nosso intuito melhorar e estarmos sempre em contato, trocando ideias. O IEE dispõe de uma apostila sobre atendimento fraterno, curso ministrado na casa, sobre como trabalhar nesse setor.
Dona Geny também é responsável pelo atendimento fraterno/espiritual e demonstrando seu otimismo em relação ao futuro do IEE afirma: “O plano espiritual do qual fazem parte os companheiros desencarnados, sempre recomenda muita união entre todos, com a certeza de que os espíritos estão auxiliando-nos e protegendo-nos. Estejamos, pois, atentos e não nos dispersemos”

Como podem perceber meus amigos, temos aí um exemplo de dedicação e de amor ao próximo. Agradeço a Deus a oportunidade de conviver com pessoas de tão elevada estima.
Na próxima edição, continuaremos com depoimentos de pessoas que formam o time de ativistas desse grande trabalho de responsabilidade social e espiritual. Não deixem de ler.


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