ed.21-Psicologia e Espiritismo


Esterlita Moreira

Expandindo a consciência espiritual
“Adquirir a consciência plena da finalidade da existência na Terra constitui a meta máxima da luta inteligente do ser”. (Joanna de Ângelis)
Ampliar a compreensão sobre a vida e sobre nós mesmos é uma tarefa que pressupõe vontade e muito esforço. Se tivéssemos de eleger um propósito para a vida, sem dúvida, seria a expansão da nossa consciência.  A consciência é o nosso farol, é a centelha divina viva em nós. Ela, que nos caracteriza como ser pensante, desenvolveu os germes da lucidez ao longo de diversas existências até ganharmos o discernimento necessário para estabelecer as relações com o que nos acontece e assim podermos fazer nossas escolhas.  Pela incursão na matéria, no mundo objetivo, vamos aprimorando os conhecimentos intelectuais pelas experiências vivas. No entanto, somente pela introspecção e pelo diálogo sincero com a nossa consciência é que conseguiremos identificar os objetivos essenciais da nossa vida, fazer as transformações morais necessárias e, por conseguinte, nos harmonizar com as leis de Deus.

O reino da luz é interno
Com olhos espirituais, a nossa mente se torna lúcida. Enxergaremos os pontos passíveis de melhoria em nós, num movimento de dentro pra fora. Trata-se de uma tarefa que urge dentro de nós, que clama nossa atenção. Como todo trabalho iluminativo, esse também não é fácil! As primeiras etapas podem causar desânimo, cansaço, tal qual quando começamos a prática de exercícios físicos. Mas, vencida essa primeira fase, as próximas serão menos doloridas. Mantendo a disciplina, tal qual acontece com o nosso corpo, a nossa mente se tornará nossa aliada. O hábito de introspecção criará em nós um clima de segurança emocional, nos dando condições muito melhores de planejar as ações que nos edificam e que contribuem com o progresso moral da comunidade em que vivemos. A esse respeito, Santo Agostinho nos dá uma recomendação, “dê um balanço no seu dia moral, se puder dizer que foi bom o seu dia, poderá dormir em paz e aguardar sem receio o despertar na outra vida”.

Autoconciência – mente e coração
Nesse caminho de encontro conosco mesmo, o de ouvir a voz do nosso coração, vamos também desvelando a nossa identidade divina, dando voz ativa a nossa consciência. O essencial é por a mente e as mãos à obra, cada qual aperfeiçoando o seu próprio coração aliando-o com os ensinamentos de humildade e de amor do Mestre Jesus. Tal qual o processo de uma plantação, tudo tem o seu tempo de acontecer. Joanna de Ângelis nos incentiva a não desistir desse empreendimento íntimo, nos dizendo que “repetir o tentame com a lógica dos bons efeitos, conservar o entusiasmo são meios eficazes para identificar as próprias possibilidades, sempre maiores quanto mais aplicadas”.

Recomendação de leitura: O Livro dos Espíritos - Pergunta LE-919; O Ser consciente, pelo espírito de Joanna de Angelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco; Autodescobrimento, pelo espírito de Joanna de Angelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco.

Índice

Nenhum comentário:

Postar um comentário