Ed.18–Beneméritos da Humanidade - Batuíra

Lúcia Andrade

Meus queridos, nesta edição inauguramos esta coluna onde iremos contar algo de relevante sobre personalidades que se doaram à comunidade, seguindo os preceitos do Mestre Jesus: amando o próximo e visando o bem-estar deSTES.

 

Você conhece algo sobre

Antônio Gonçalves da Silva Batuíra?

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“O Batuíra” “ A ave Batuíra”

- Não? Bom, então vou lhes contar coisas interessantes sobre ele:

Nascido a 19 de março de 1839, em Portugal, e desencarnado em São Paulo, no dia 22 de janeiro de 1909, veio para o Brasil com apenas onze anos de idade, aportando no Rio de Janeiro, no dia 3 de janeiro de 1850.

Pelo fato de ser um moço muito ativo, apelidaram-no "o batuíra", nome que se dava à narceja, ave pernalta, muito ligeira, de vôo rápido, que frequentava os charcos na várzea, formada no atual Parque D. Pedro II, em São Paulo.

Batuíra desempenhou uma série de atividades: defendeu calorosamente a ideia da abolição da escravatura no Brasil, fundando um jornalzinho a fim de colaborar na campanha encetada pelos grandes abolicionistas Luiz Gama, José do Patrocínio, etc.

Homem de costumes simples conseguiu juntar algumas economias e adquiriu os então desvalorizados terrenos do “Bairro do Lavapés”, em São Paulo, edificando ali sua residência e, ao lado dela, uma rua particular com pequenas casas que alugava a pessoas necessitadas. A rua particular viria a ser mais tarde a Rua Espírita, que ainda lá está.

Tomando conhecimento das consoladoras verdades do espiritismo, fundou o grupo Espírita Verdade e Luz.

Sentindo uma lacuna na imprensa espírita, deixada pela interrupção do jornal Espiritualismo Experimental, Batuíra adquiriu uma pequena tipografia, a que denominou Tipografia Espírita, onde fundou o jornal quinzenal Verdade e Luz.

Espírito animado de grande bondade, coração aberto a todas as desventuras, dividia também com os necessitados o fruto de suas economias. Na sua casa a caridade se manifestava em tudo: jamais o socorro foi negado a alguém, havendo mesmo muitas afirmativas de que "um bando de aleijados vivia com ele". Quem ali chegasse, tinha cama, mesa e um cobertor.

A partir da idéia de cada estado ter sua federativa, em 24 de maio de 1908, Batuira constituiu na capital paulista, a União Espírita do Estado de São Paulo, que funcionou por certo período.

Batuíra casou-se duas vezes: a primeira com Brandina Maria de Jesus, com quem teve um filho, Joaquim, que veio a falecer e adotou um menino, Zeca, com poucos meses de idade, que foi o continuador de sua obra, após sua desencarnação; em segundas núpcias casou-se com Maria das Dores Coutinho e Silva, tendo com ela um filho, que faleceu aos doze anos de idade.

Batuíra, agora no plano espiritual, continua trabalhando incansavelmente, próximo ao planeta Terra, sendo patrono e mentor espiritual de diversos centros espíritas em todo o Brasil, e também em Portugal.

Que Batuíra possa receber nosso carinho!

Lúcia Andrade.

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