Ed–15–Matéria Especial II

por Aldo Colasurdo

O livro espírita

Aos povos antigos, como os Fenícios e Egípcios, é atribuída a invenção da escrita. Pretendiam
eles, através dos denominados “escribas”, perpetuarem conhecimentos e regras úteis
a sociedade. Este hábito secular também beneficiou o cristianismo, pois possibilitou que os ensinamentos de Jesus e dos apóstolos chegassem até nós.

Posteriormente, os relatos escritos também tornaram possíveis a Dante Alighieri produzir no século 14, sua obra O Céu e o Inferno; esta foi
por muitos considerada como as primeiras e rudimentares explicações plausíveis sobre a continuidade de existência humana no plano da
além-vida terrestre.

Um século depois, graças aos grandes esforços de Gutenberg, surgiria a imprensa, dando vida ao
primeiro livro da historia: a Bíblia.

Sua destacada invenção colaboraria para a “Reforma Religiosa”, e permitiria a criação e liberdade
de novas doutrinas. A partir de então, a literatura se desenvolveria tornandose uma das grandes construtoras da evolução de nossa sociedade.

Para estudiosos da literatura espírita, também merece destaque o herói nacional da Suécia,
Swedenborg. Nascido em 1688, ao completar 55 anos de idade, passou a dedicar-se exclusivamente
a doutrina espiritualista e sua literatura.

Para muitos pesquisadores, foi considerado “o primeiro autor de livros espíritas”, através dos quais
escreveu sobre o desencarne e o mundo do além.

Em uma de suas obras, nos relata o plano celeste,
com imagens semelhante as que seriam trazidas pelo espírito de André Luiz, anos mais tarde.

Após um século, graças aos dedicados esforços do professor e escritor francês Leon Hipolite
Denizard Rivail, surgiria em 1857, nas livrarias de Paris, o Livro dos Espíritos. A humanidade, através
deste e dos livros que o seguiram, passou a se beneficiar com as mensagens do prometido Espírito
da Verdade. As obras de Kardec se completariam trazendo aos leitores os restantes livros da Codificação, bem como as várias edições da Revista
Espírita de Estudos Psicológicos.

O sucesso dessas edições animou vários autores alguns dos quais são herdeiros kardecistas e, como tal, procuraram criar suas obras com o auxílio do mundo invisível.

Nos fins do século 20, nascia no interior de Minas Gerais Francisco Cândido Xavier. Este, da sua
juventude até transpor as portas do túmulo, foi um exemplo de verdadeiro seguidor do Mestre Jesus. Dedicado servidor da doutrina codificada por
Kardec, psicografou dezenas de livros.

Vários destes distribuídos pelo mundo atingiram grandes vendagens.

Indiferente ao aspecto financeiro, Chico Xavier continuou sua missão até seu retorno aos céus. A literatura baseada no Espírito da Verdade continua a ser a bússola indicadora do caminhar pelas estradas da vida em direção a um futuro de paz, onde o amor entre as criaturas será a tônica da existência.

O espiritismo, através de sua leitura e prática, pode tomar conta do mundo derramando sobre ele suas
luzes, seu amor e sua paz.

Lembrando-nos ainda que uma casa sem ele é um corpo sem alma.

“Livro espírita: sois um mudo que fala, um surdo que responde, cego que nos guia; amigo que não trai, companheiro que esquecido não se magoa! Enfim, sois dádiva dos Céus que aparelha as estradas da vida e nos conduz ao Nosso Pai Criador!”

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