Ed–13–Matéria Especial 2

por José Rodrigues Passarinho

Pluralidade dos Mundos Habitados

“Eu devo ter atirado pedra na cruz.” Muita gente já ouviu ou mesmo usou esta frase, brincando com sua condição de vida.

Convido você a analisar comigo o que tem por trás dela. Primeiramente, temos o exagero da questão punitiva da vida, mas isso é um tema a ser tratado
em outro artigo.

Vamos analisar um aspecto desta frase que tem ligação com o assunto desta matéria. Vamos analisar a possibilidade de termos vivido na época de Jesus.


Tecnicamente, isso seria possível. Afinal, temos a lei da reencarnação, vivemos muitas vidas, por que não teríamos reencarnado naquela época?

No entanto, na época de Jesus, a população total da Terra era estimada em aproximadamente 200 milhões de seres.


Ou seja, no mundo todo tinha quase tanta gente quanto o Brasil de hoje, que tem 192 milhões de habitantes.


Atualmente, o planeta Terra tem quase 7 bilhões de almas encarnadas. Ou seja, nossa chance de sermos um dos 200 milhões naquela época é muito, muito
pequena. Então, esquece, podemos ter feito muita coisa errada, mas a chance de estarmos entre os que atiraram pedras na cruz é quase zero, fique tranquilo.

No entanto, essa análise demográfica nos chama a atenção para outro fato muito interessante. Se na época de Jesus havia 200 milhões de pessoas na Terra, de onde vieram os outros 6,8 bilhões
de seres que temos hoje por aqui? Isso contando só os encarnados, sem falar do enorme número de espíritos na “fila de espera” por esta oportunidade
maravilhosa de evolução que é a vida na Terra. Simples, vieram, ou melhor, viemos de outros planetas.


“Há muitas moradas na casa de meu Pai”, ensinou Jesus e “na Terra não está a humanidade toda, mas apenas uma pequena fração da humanidade”, nos
ensinam os espíritos, no capítulo III do O Evangelho Segundo o Espiritismo, que trata sobre a pluralidade dos mundos habitados.

Não, não estamos sozinhos nesse universo infinito. A Terra, este pequeno planeta azul que vaga no espaço em torno do uma estrela de quinta grandeza,
não é o único local habitado.

Nós, espíritos, somos criados simples e ignorantes. Pelas sucessivas encarnações vamos evoluindo e a cada estágio de nossa evolução, habitamos um tipo de morada, um tipo de planeta, condizente com nosso grau evolutivo.


Espíritos primitivos habitam planetas mais primitivos. Espíritos mais evoluídos habitam moradas mais especiais.

E nós, em que morada estamos?
Estamos em uma morada em estágio intermediário. Conhecemos o bem, mas ainda precisamos do contraste do mal para entendê-lo. Somos ainda rebeldes às leis de Deus. Ainda precisamos da
doença, para valorizarmos a saúde.

O contraste ainda é necessário para entendermos qual o melhor caminho a seguir. Estamos em um mundo chamado de Mundo de Expiações e Provas.
Mundos mais primitivos que a Terra, situação em que este planeta já esteve, abrigam espíritos em um estágio mais inicial da evolução. Um estágio onde a
busca do sustento, da comida, ainda é uma tarefa primordial, onde ainda não conhecemos as sutilezas do amor, do crescimento moral e intelectual, embora
já tenhamos a semente da nossa evolução. São os chamados Mundos Primitivos.

Contam os espíritos que a Terra está saindo da condição de “expiação e provas” e caminhando para um estágio chamado de Mundo Regenerador.

Neste estágio, ainda haverá provas, mas não mais as expiações. Os povos se entenderão melhor e o amor será prioridade entre os seres.

Acima do estágio de regeneração, estão os Mundos Felizes, onde os seres não mais “se arrastam” para se locomover.

Praticamente flutuaremos, seremos leves, com corpos mais evoluídos, menos densos, sem doenças.

Por fim, temos os Mundos Celestes ou Divinos, morada dos espíritos purificados.


A evolução do espírito continua, e não será mais necessário esse complexo maravilhoso que é o corpo humano. Mas me smo como espíritos puros, podemos frequentar outros astros. Sem o corpo
frágil e perecível, podemos, em espírito, marcar encontros na superfície do Sol, por exemplo.

Os espíritos evoluem e junto com eles, sua morada. Os que não acompanham esta evolução não ficam desabrigados. São transferidos para um planeta, para uma morada condizente com sua necessidade,
com seu estágio de evolução.


A Terra está em evolução. Temos três escolhas a fazer. Ou evoluímos juntos e ficamos por aqui, ou evoluímos mais rapidamente e seremos transferidos já para um planeta melhor, ou nos atrasamos e seremos transferidos para outra morada, condizente com nossa situação, mas que pode estar num estágio até pior que a Terra!

Que escolha vamos fazer?

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