Ed. 07 – Editorial - Iee e os projetos sociais

por Luiz Carlos Palma


Sr Palma PBDurante mais de três séculos, a filantropia foi desenvolvida no Brasil sob a lógica da prática assistencialista, com predomínio da caridade cristã. Ricos filantropos sustentavam os educandários, os hospitais, as santas casas, os asilos e demais organizações que foram fundadas a partir do século XVIII.
Foi somente no final do século XIX e início do XX que as instituições de assistência e amparo carente passaram por mudanças na sua forma de organização e administração, deixando de ser fundamentalmente orientadas por princípios de caridade cristã e da filantropia.
O termo “terceiro setor” é recente no Brasil. Ele passou a ser utilizado a partir do início dos anos 90 para designar as organizações da sociedade civil, sem fins lucrativos, criadas e mantidas com ênfase na participação voluntária, que atuam na área social visando à solução de problemas sociais. Ainda na década de 90, ocorreram mudanças na conformação do terceiro setor no Brasil. Foi somente a partir dessa década que ele começou a se constituir como um setor com características e lógica diferentes dos demais, marcando os rumos das organizações sem fins lucrativos no país.

NOVAS PARCERIAS

Uma das formas mais comuns de obter financiamento para instituições que realizam trabalhos voluntários é por meio de doações de organizações jurídicas ou pessoas físicas. Os recursos humanos, por sua vez, podem ser representados total ou parcialmente por voluntários , pessoas que participam da organização sem com ela terem vínculo empregatício.
Assim, uma das prioridades da nova diretoria do Instituto Espírita de Educação é buscar instituições carentes que necessitem de ajuda na administração/planejamento e gerenciamento de suas atividades filantrópicas, bem como na captação de recursos para a manutenção/ampliação de suas ações sociais.

Hoje, portanto, além de outros projetos na área social junto a pessoas carentes, participamos, inicialmente, de uma primeira atuação na ajuda à associação Lar Criança Feliz – com sede na Rua Quatá, 821, CEP 04546-044, Vila Olímpia, em São Paulo, inscrita no CNPJ sob nº 50.253.590/0001-32, que é a mantenedora da Creche Lar Criança Feliz, localizada no mesmo endereço da mantenedora, e do centro de juventude Nosso Lar, localizado na Rua Augusto José Avancini, 248, CEP 05568-050, Jardim São Jorge, em São Paulo.

A Associação “Lar Criança Feliz” é reconhecida como de Utilidade Pública pelos Governos: Federal - Decreto de 18/09/1996; Estadual - Lei nº 4.028 de 23/05/1984 e Municipal - Decreto nº 36.699 de 30/01/1997. Saiba um pouco mais sobre elas: - Creche Lar Criança Feliz (CNPJ: 50 253 590/0001-32) Atualmente são 100 crianças assistidas.

Destas, muitas são filhas de mães solteiras ou separadas que precisam trabalhar para buscar a sobrevivência da família. A assistência a essas crianças é uma necessidade social afim de que possamos diminuir o número de menores abandonados, candidatos à marginalidade. - Núcleo Sócio Educativo Nosso Lar (CNPJ: 50 253 590/0002-13) Atualmente 150 crianças e adolescentes, de 6 a 16 anos, são atendidas no Centro de Juventude Nosso Lar, no Jardim São Jorge.

Esse bairro, diferente da Vila Olímpia, está localizado na periferia da cidade, cuja população é formada, basicamente, por famílias pobres. A instalação do centro de juventude nesse local é de grande importância para a comunidade carente que não tem nenhuma outra opção do gênero nas proximidades, local onde há uma demanda sempre crescente.

Embora as duas unidades recebam subsídios da prefeitura, esses recursos são insuficientes para a manutenção dos projetos. O objetivo, portanto, é convidar empresários conscientes para conhecer esses projetos e somar com o Instituto Espírita de Educação rumo ao desafio maior, que é construir uma infância e juventude mais digna e cidadã.

1 - Evelyn /Berg Ioschpe: Terceiro setor – Desenvolvimento social sustentado. São Paulo:
Editora Paz e Terra. 2 - Ver lei 9.608 de 18 de fevereiro de 1998, sobre voluntariado



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