Ed. 05 - Capa – Por que estudar o espiritismo?

por Glaucia Savin
livrosespiritas
Ao ser convidada para escrever este artigo, sinto uma responsabilidade imensa. O Rafael me diz que precisamos divulgar os cursos e estimular o pessoal ao estudo do Espiritismo.
Gostaria de interagir com você, leitor, e transformar o texto num bate papo. Para facilitar a nossa conversa, pensei em respondermos juntos algumas perguntas:
- Por que estudar o espiritismo?
- Como é que alguém começa a estudar o espiritismo?
- Quando é que se termina o curso?
allan-kardec-tratado5Allan Kardec
Para todos aqueles já acostumados à doutrina espírita, parece fácil responder a estas três questões. Mas não é bem assim.
Alguns de nós chegamos à casa espírita pelas mãos de nossos pais, mas a maioria chega em busca de alívio, consolo e, principalmente, de respostas.Há, ainda, aqueles que querem receber mensagens de antepassados, que sentem sua presença, têm contatos e que procuram o espiritismo atrás de explicações. Buscam respostas que outras vertentes do pensamento religioso ou filosófico não são capazes de dar.
Ao chegarmos à casa espírita, somos apresentados à Kardec , o codificador, um professor, um homem culto, lúcido, e, muito, muito curioso. Ainda bem. E descobrimos que, graças à curiosidade de Kardec, a conversa com os espíritos, que antes não passava de uma brincadeira de salão, ganhou a atenção de um pesquisador sério. Afinal, pensava Kardec, se o efeito era inteligente, tinha que haver uma causa inteligente. Com método, objeto e conceitos próprios, Kardec desenvolveu uma nova maneira de interagir com um plano distinto da matéria e provou a existência dos espíritos e de outros mundos.
Com isto, nosso universo se expandiu e nossa consciência também.
Descobrimos, ainda, que o curioso Kardec tinha um método: como todo indivíduo curioso, ele fazia perguntas. E, sem medo de ofender a ninguém, formulava a mesma pergunta a mais de um espírito, por médiuns diferentes. Depois, confrontava as respostas, para ver se eram consonantes e se faziam sentido com o todo. Kardec não tinha medo de descartar as respostas ambíguas, suspeitas ou que não se encaixavam com o resto. Segundo ele, era melhor rejeitar 99 verdades do que aceitar uma mentira. Kardec era rigoroso com a verdade.
Ao sermos convidados por Kardec para conhecer Espiritismo, aprendemos que a fé deve ser raciocinada. Como??!!!! Fé e razão podem andar juntas??!!! Ops! Pois é! A fé verdadeira só suporta o indivíduo nas dificuldades se puder explicar a ele o porquê do sofrimento, das privações, dos obstáculos.

Então, para ter fé tenho que estudar?

Fé sem raciocínio, sem entendimento, é “fanatismo”. Não queremos ser um bando de fanáticos, queremos entender o que nos acontece, o que ocorre na vida dos nossos familiares. Até para ajudar aos outros temos que entender melhor o que está acontecendo. E para isto, o que vamos fazer? Recorrer a adivinhos? Fazer um mapa astral? Ou vamos, nós mesmos, tentar entender o que está nos acontecendo agora?
Garanto, por experiência, que é mais fácil tentar entender. O entendimento liberta porque faz de você o seu próprio guia, porque te mostra que você tem as respostas dentro de você e que ninguém te colocou numa estrada sem mapa. Todas as respostas estão conosco e é preciso acessá-las. Mas como? É por meio do estudo que cada um de nós aprende a encontrar as respostas.

Cada um? Não tem um guia? Um ministro? Um superior? Não!

O espiritismo não tem qualquer hierarquia entre os seus adeptos. Todos somos alunos e professores uns dos outros. Aprendemos o tempo todo. E descobrimos que quanto mais ampliamos o nosso conhecimento sobre nós mesmos e sobre o mundo, mais temos capacidade de resolver nossos próprios problemas, e os dos outros também.
Descobrimos, também, que não basta pedir, mas que precisamos saber pedir. Até para isto temos que estudar. Costumo dizer aos meus alunos que se Deus tivesse me atendido sempre, já estaria morta a uma hora dessas.
Mas é isto: quando não se sabe nada, até “pedir” acaba sendo um problema. Não sabemos, sequer, pedir o que é melhor para nós. O espiritismo busca estimular o autoconhecimento e permitir, por meio do estudo, a adoção da fé raciocinada. Ou seja, a confiança de que tudo é pleno de explicação. Se não sabemos a resposta é porque ainda não estudamos bastante.
Lembrando o memorável Herculano Pires (1914-1979), o espiritismo ainda continua um "desconhecido", e, a maioria, movida pela ânsia de soluções imediatistas, ainda não busca uma nova filosofia de vida.

E por onde se começa?

O movimento espírita tem enfatizado, ao longo do tempo, a necessidade da implantação do estudo sistematizado da doutrina espírita. E é isto que propomos também.
O slogan "comece pelo começo", utilizado nas campanhas promovidas pela USE-União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, tem como alvo as obras da codificação - O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese.
Pode parecer óbvio. No entanto, constatamos que muitas pessoas que são espíritas, ou as que estão estudando o espiritismo há algum tempo, não começaram pelo começo; muitas vezes, nem O Livro dos Espíritos chegaram a ler. Se quisermos de fato estudar o espiritismo temos que começar pelo começo: a codificação.
Alguns espíritas reclamam um pouco da dificuldade da linguagem utilizada nos livros espíritas e, em especial, naqueles que integram a codificação. E é por isto que temos os cursos. (Ah! Ah!! Cheguei lá!)
O primeiro curso é o de Iniciação ao Estudo do Espiritismo. É o curso básico, no qual vamos conversar sobre os fundamentos do Espiritismo. E como Kardec era, basicamente, um perguntador, todos podem fazer perguntas o tempo todo. Ninguém vai querer convencer ninguém de nada. Lembrem-se: só vale a fé raciocinada.
Sempre digo que este é o curso mais agradável de todos. Não é nele que vamos aprender a lidar com a mediunidade (isto só na continuação, no ano seguinte), mas o curso de Iniciação é a base, entre outras coisas, para o entendimento do fenômeno mediúnico.
Neste curso, vamos discutir conceitos básicos: Deus, a Criação (incluindo até as mudanças climáticas), o espírito, a mediunidade, a vida após a morte, a reencarnação, os laços afetivos etc. Com estes conceitos bem compreendidos e confrontados, o aluno pode passar, se assim o quiser, para o Curso de Desenvolvimento Mediúnico, no qual aprenderá a lidar com a mediunidade de forma equilibrada e controlada.

E quando isto tudo acaba?

Não acaba! Não vou enganar ninguém. Somos espíritos criados simples e ignorantes, mas destinados à perfeição. Nossa meta ainda está bem, bem distante. Por isto, o aprendizado está só começando. Ele não acaba tão cedo. Ainda bem. Porque somos curiosos e quanto mais aprendemos, mais queremos saber, porque as turmas são legais e temos feito muitos amigos e porque ainda é muito cedo para a próxima reencarnação.
É isto. Temos tempo! O curso toma apenas 02 horas das 168 que compõem a nossa semana.
Ah! Mas você trabalha muito! Tem filhos, milhões de compromissos, agenda lotada etc!
Vamos lhe mostrar que dá tempo:
Se você trabalha 10 horas por dia e dorme 8, ainda te sobram 6 horas nos dias úteis e 16 nos finais de semana. Ao todo, são 62 horas livres na semana. Nós estamos propondo usar só duas horinhas. Ainda vão lhe sobrar outras 60 para você ver TV, usar a internet, ir ao shopping, namorar, brincar com as crianças ou não fazer nada, simplesmente.
Mas você, amável leitor, não acha que veio ao mundo só para comer, beber e dormir, né? Definitivamente, você vai descobrir e estar convencido que tem uma função mais relevante nesta passagem por aqui

E quanto custa?

Não custa nada! Os nossos cursos são inteiramente gratuitos e só por isto não posso prometer devolver o seu dinheiro se você não gostar. Mas posso garantir que você estará investindo em você, ampliando seus horizontes e sua visão de mundo, sem contar que estará reconhecendo em si mesmo as soluções para seu dia a dia mais feliz, despertando todo seu potencial, com mais confiança para atingir seus objetivos e descobrindo sua missão no universo
Estamos esperando você! Até o curso de Iniciação! Daqui a algum tempo, espero que você também escreva e conte como foi sua transformação pessoal.


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